O olhar pelo prisma da dor: reflexão sobre a imperceptibilidade das vítimas indiretas do ato violento de menores infratores

Aline Pereira dos Santos Sueitti

Resumo


Comumente, não considera-se a família como vítima indireta, tampouco as famílias se reconhecem como vítimas. A invisibilidade das famílias vítimas de violência indireta, cuja, importância é desvelada neste artigo, são potencializadas pela falta de reconhecimento, acolhimento e perceptibilidade das instituições públicas e pela descrença na Justiça. Isto porque, a complexidade do luto, humilhação e o medo suscitam a naturalização do sofrimento, incredulidade na justiça e indignação à lógica dos direitos humanos. Contra a impunidade, mães e pais visam na representação política, o meio de transformar o luto em luta através da atuação no poder legislativo. Diante disso, sob o prisma da dor e a partir da perspectiva da vítima, demasiada atenção é destinada as classificadas vítimas do Estado, da exploração, do abuso, do tráfico, entre outros fatores de risco, entretanto, as vítimas indiretas permanecem aquém dos seus direitos.

Palavras-chave


Vítimas indiretas; Direitos humanos; Invisibilidade

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v37i0.2640

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