Libertação e dependência: a leitura teológica das ciências do social na América Latina
Resumo
No início da década de 1970, os movimentos sociais flexionaram a teologia latino-americana a um criativo processo de desprivatização da fé cristã, reconfigurando desde as práticas comunitárias de libertação e suas implicações holísticas o exercício teórico a respeito do seu comprometimento político e social. Em consequência, a noção de libertação passou a ser abordada pelo equivalente oposto de dependência dentro do quadro metodológico de abordagem bíblico-teológica. Objetivo: Compreender o significado da correlação oposta da libertação à dependência desde suas especificidades de acordo com a visão dos intelectuais da libertação, e identificar a forma pela qual a dependência foi apropriada para responder ao quadro teórico responsivo socioanalítico destes intelectuais, vinculando a leitura da realidade à prática comunitária latino-americana. Métodos: Pesquisa histórico-sistemática, de caráter exploratório, com orientação analítico-descritiva, organizada a partir de esquemas conceituais. Resultados: Partindo da constatação da refração teórica da dependência pela libertação, o conceito surge como a interpretação teológica de todo um campo teórico tomado indistintamente, a saber, a Teoria da Dependência. Conclusão: A correlação oposta entre dependência e libertação como constatação de semelhança entre o real teorizado (dependência) e a conceitualização hipotética de máximas de ação (libertação), compreendida dentro da teoria geral do anti-imperialismo, resultou num fazer teológico interdisciplinar.
Palavras-chave
Teologia da Libertação; Teoria da Dependência; Sociologia; Subdesenvolvimento.
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PDF (Português)DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v36i0.2459
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