O tema da "oração pelos mortos" na Confissão de Fé de Westminster (1647)
Resumo
Análise da posição da teologia reformada, de feição calvinista, sobre o tema da oração pelos mortos, presente na Confissão de Fé de Westminster (1647). O documento serviu de manual doutrinal e confessional da Igreja reformada, redigido na Abadia de Westminster, na Inglaterra, após convocação do Parlamento, no contexto das disputas entre o Parlamento e o rei Carlos I (1600-1649, rei desde 1625). O texto foi elaborado por teólogos, no formato de um pequeno sistema de teologia, ancorado nos ensinamentos de João Calvino. O documento fez parte do processo de confessionalização da religião vivido pelo cristianismo na segunda metade do século XVI e na primeira metade do século XVII e contribuiu significativamente para a consolidação da ortodoxia reformada. O texto apresentava a doutrina de maneira simples e direta porque era voltado à ampla divulgação entre os fiéis. Sobre o tema da oração pelos mortos, na Confissão de Westminster, Cap. XXI, Seção IV, está explicitado que “a oração deve ser feita por coisas lícitas e por todas as classes de homens que existem atualmente ou que existirão no futuro; mas não pelos mortos”. Este postulado doutrinário se consolidou na tradição cristã reformada a partir de então. O texto acabou conformando o presbiterianismo, distinguindo-o da eclesiologia católica.
Palavras-chave
Religião; Modernidade; Confessionalização; Confissão de Fé de Westminster
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PDF (Português)DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v34i0.1724
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