Críticas Feministas à Ontologia e Epistemologia do Mainstream de Relações Internacionais

Isadora Campregher Paiva

Resumo


O avanço das abordagens feministas de Relações Internacionais (RI) se deu a partir do final dos anos 1980, buscando revelar o viés androcêntrico do mainstream da disciplina.  As posições teóricas feministas não são simples “adições” de análises de gênero às RI, pois questionam a ontologia da disciplina, baseada em dicotomias generificadas como privado e público, doméstico e internacional. No estudo das relações internacionais como geralmente definidas (o campo majoritariamente masculino da “alta política”) a mulher é relegada ao âmbito privado e apolítico. A teoria feminista de RI busca demonstrar que o sistema internacional, assim como o próprio poder, não se resume a essa arena. Para tanto, extrapola o slogan do movimento feminista de que “o pessoal é político”, afirmando que ele é também internacional. Em termos epistemológicos, feministas disputam a noção de uma ciência neutra, afirmando que a “visão de lugar nenhum” a qual almejam os positivistas é na verdade situada firmemente no topo.

Palavras-chave


Relações Internacionais; Teoria Feminista; Mainstream; Ontologia; Epistemologia

Texto completo:

PDF


ISSN: 2447-2654 (Online)

Licença Creative Commons

O periódico "Coisas do Gênero" foi licenciado com uma licença Creative Commons


Rua Amadeo Rossi, 467
Morro do Espelho - São Leopoldo - RS - Brasil
CEP 93.030-220 - Tel.: +55 51 2111 1400


Acessos:

contador de visitas