Do exclusivismo ao inclusivismo: a virada da igreja católica frente à diversidade religiosa

Antônio Lopes Ribeiro

Resumo


Uma religião aberta em seu início, jamais impermeável às outras religiões, o cristianismo recrudesceu-se sobre si mesmo ao tornar-se religião oficial do Império Romano. Isto tem um motivo: a fim de unificar  politicamente o Império, o imperador romano proibiu qualquer expressão religiosa que não fosse cristã. Assim, o cristianismo tornou-se soberano na Cultura Ocidental, onde foi gestado, posicionando-se como única e verdadeira religião. No cristianismo católico, esse monoculturalismo religioso é simbolizado pelo velho axioma: extra ecclesiam nulla salus. Sob o pretexto de ser depositária exclusiva da fé cristã, a Igreja católica historicamente se afirmou como única via possível de salvação frente às expressões cristãs cisionárias e também frente às religiões não cristãs, defendendo um retorno à barca de Pedro, no âmbito do cristianismo, ou propondo às outras religiões, a formação de uma única civilização cristã, num processo de aglutinação de todas elas, em torno de si. Este artigo trata sobre a virada de página dessa posição da Igreja católica, que se deu no Vaticano II, obrigando-a a se desvencilhar dessa camisa de força à qual estava submetida, saindo de um acentuado exclusivismo para uma experiência de inclusão religiosa, lançando-se positivamente ao encontro com a diversidade e pluralidade religiosa

Palavras-chave


Cristianismo; Pluralismo religioso; Exclusivismo; Inclusivismo

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v44i2.3852

Direitos autorais 2019 Protestantismo em Revista