Protagonismo feminino, igreja e mulheres no ministério da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil: a propósito dos 500 anos da Reforma

Claudir Burmann

Resumo


A atuação das mulheres ao longo da história do Cristianismo quase sempre oscilou em direção à invisibilidade. Não porque não quisessem exercer e mostrar seu protagonismo. Mas porque seu espaço foi reduzido a quase inexistente pelas estruturas socioculturais em que o Cristianismo se desenvolveu. Mesmo que na origem do Cristianismo a partir de Jesus de Nazaré e nas primeiras comunidades cristãs as mulheres tenham exercido papel fundamental, as ideologias patriarcais e androcêntricas se impuseram nos períodos subsequentes. A Igreja se institucionalizou tendo homens como referência. Apesar disso, o registro do protagonismo feminino se manteve no Novo Testamento. Algumas outras mulheres desafiaram a lógica epocal e marcaram a história eclesial no período Medieval. Se a Reforma Protestante não reconheceu às mulheres seu protagonismo no seio cristão, possibilitou que paulatinamente se desenvolvesse. Na atualidade, em inúmeras instituições eclesiais, como na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, é reconhecido o ministério feminino em grau de igualdade a ministérios exercidos por homens. Entretanto, é um caminho árduo e sofrido para muitas mulheres que não desistiram e não desistem, impulsionadas pelas mulheres dos primórdios cristãos e pela conquista de direitos sociais em tempos recentes. É acerca dessa análise que o presente artigo se concentra.


Palavras-chave


Cristianismo. Protagonismo feminino. Reforma.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v43i01.2960

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