Ensaio sobre a temática de Tomás de Aquino e estética atual da música

Laude Erandi Brandenburg, Ariel Teixeira de Souza

Resumo


O ornamento distrai a prece. Quando Santo Agostinho nos fala da discórdia do homem de fé, que teme continuamente ser seduzido pela beleza da música sacra, percebe-se que tudo que causava certo fascínio, seja positivo ou perigoso, era polemizado. Dessa forma, surge uma preocupação que sugere: de que maneira podemos melhor amar a Deus com o uso da música litúrgica, sem que ela desvie a atenção dos espíritos mais fracos? São Tomás de Aquino, com a mesma “preocupação”, desaconselha o uso litúrgico da música instrumental justificando que os instrumentos devem ser evitados justamente porque provocam um deleite de tal maneira intenso que desvia o ânimo do fiel da primitiva intenção da música sacra. Dessa forma, a música instrumental, mais incita o ânimo ao prazer que às boas disposições interiores. Por outro lado, o canto movia os ânimos à devoção, sendo a forma de expressão musical na Igreja. São Tomás se referia ao pensamento do clero medieval e a sua estética, que desconfiava da beleza exterior e se refugiava na contemplação das escrituras ou no gozo dos ritmos interiores da alma em estado de graça.

Palavras-chave


Tomás de Aquino; Estética; Música; Medieval

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v41i0.2574

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