O medo da morte e a fé na ressurreição: por uma antropologia teológica no acompanhamento a pacientes terminais

Aline Danielle Stüewer, Joel Haroldo Baade

Resumo


Abordar o tema da morte em um trabalho científico pode levar muitas pessoas a uma atitude de estranhamento, pois a morte é, de certa forma, um tabu na sociedade contemporânea. Quer-se justamente, pelo esforço científico, driblar a morte, esquecendo que esta é uma das únicas certezas da existência humana. A fé cristã, por sua vez, não vê na morte o fim da existência, mas supera-a com a fé na ressurreição. Diante disso, a presente análise pretende oferecer subsídios para a melhor compreensão do morrer como experiência humana, em perspectiva interdisciplinar e à luz da fé cristã. A abordagem é feita em três momentos distintos: a) inicialmente descreve-se diferentes formas pelas quais se vivencia o medo da morte; b) depois arrola-se algumas contribuições da psicologia e da teologia para o acompanhamento a pacientes terminais; c) e, por fim, discorre-se sobre a importância da fé na ressurreição na antropologia teológica. Metodologicamente, a análise é de natureza básica, com abordagem qualitativa e descritiva, e faz uso de fontes bibliográficas. Os resultados permitiram concluir que a fé na ressurreição é extremamente confortante para a pessoa que se encontra no limiar da vida. Através da fé na ressurreição, a pessoa em estado terminal supera com maior facilidade o medo da morte e, mesmo diante da dor e do sofrimento, canta e louva a Deus, pois sabe que está sendo conduzida pelo próprio Deus à vida plena ao Seu lado.

Palavras-chave


Medo da morte; Fases do morrer; Luto antecipado; Ressurreição; Antropologia teológica

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v40i0.2570

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