Em casa com Jesus e os amigos: o perdão que cura, a partir de Mc 2,1-12

Eduardo dos Santos de Oliveira

Resumo


Com a chegada de Jesus junto à humanidade, começa a acontecer um tempo novo de graça e reconciliação. Isto está sinalizado no primeiro evangelho escrito, sobretudo, através das curas realizadas por Jesus. Na cura do paralítico (Mc 2,1-12), precede à cura o perdão dos pecados. Isto porque o homem poderia ter somatizado a culpa de algo (pecado) e ficado paralítico. Marcos destaca detalhes que põem em ordem o modo de pensar daquele tempo, que atribuía a Deus a origem da doença, em sinal de castigo e punição. Merece correção, ainda, a ideia de que o perdão deve ser dado apenas por Deus ou mediante o cumprimento de ritos. Numa casa, lugar das relações familiares, inauguradas por Jesus, é onde tudo acontece. A cura é desencadeada pela fé de quatro homens que superam barreiras para chegar até Jesus, que tão-somente irá declarar o perdão dos pecados daquele homem. O ser humano, neste caso os quatro homens, quando perdoa quem está impossibilitado de andar com as próprias pernas, restaura vidas; ou, melhor ainda: quem tem amigos, não fica a mercê da própria sorte, paralisado. Tomando isto como ponto de partida, este artigo pretende realizar um estudo exegético do texto de Marcos que narra a cura do paralítico, valendo-se de, ao menos, alguns dos passos do método histórico-crítico. Deste modo, pretendemos mostrar como o texto bíblico aponta para as consequências do perdão a partir da fé: a cura integral (corporal e espiritual) da pessoa!

Palavras-chave


perdão; fé; relações novas; cura integral; exegese.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v40i0.2567

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