Ascetismo e sectarismo no pentecostalismo clássico das Assembleias de Deus

Ismael de Vasconcelos Ferreira

Resumo


Os pentecostais, historicamente, tinham como característica um sentimento de desvalorização do mundo em prol de um desejo veemente de viver eternamente nos céus, com Jesus. Isto os motivava a não se “contaminarem” com nada que pudesse interferir nesta esperança, acarretando uma vida de exclusão e de estranhamento do/no mundo. Além dos discursos orais (pregações) ouvidos nas igrejas, estavam cercados de materiais teológicos que contribuíam para esta cosmovisão. Este artigo objetiva, portanto, compreender o princípio da formação ascética e sectária do pentecostalismo clássico no Brasil, algo que o caracterizou ao longo de sua história centenária. Esta abordagem busca contribuir também para uma leitura do pentecostalismo atual, tendo em vista que não considera exclusivamente sua funcionalidade, mas aspectos estruturais que motivam esta tradição religiosa. Considera-se aqui enquanto pentecostalismo clássico aquele vivido pela denominação que mais o representou no campo religioso brasileiro, as Assembleias de Deus.


Palavras-chave


Ascetismo. Assembleias de Deus. Cosmovisão. Pentecostalismo. Sectarismo.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v39i0.2455

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