Mulheres no Programa Bolsa Família: emancipação ou culpabilização?

Camila Oliveira Nascimento

Resumo


O presente artigo é parte de um trabalho de conclusão de curso de especialização Lato Sensu em Gestão Pública, realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN. Este estudo se debruça, fundamentalmente, na análise acerca das relações de gênero presentes no Programa Bolsa Família (PBF) e de seus impactos para a vida das mulheres beneficiárias do programa. Outrossim, a reflexão busca trazer elementos e conceitos para repensar as relações sociais de gênero. Para se tornar mais preciso, vislumbra-se ir além da constatação de desigualdades, em busca de articular esta descrição do real com uma reflexão sobre os processos pelos quais a sociedade e o Estado burguês se utiliza destas supostas diferenciações para hierarquizar e naturalizar as desigualdades entre os sexos. A pesquisa de campo foi realizada no Centro de Referência de Assistência Social-CRAS, na cidade de Marcelino Vieira/RN, por meio de entrevista semiestruturada com 6 (seis) mulheres beneficiárias do PBF. Com base nas falas e análise do conteúdo, constata-se que tal Programa está atrelado a uma rede de obrigações, o que reforça papéis estereotipados entre os sexos, à medida que o grupo familiar é simbolizado pela presença da mulher, a qual é percebida tão somente pelos seus atributos tidos como “naturais”, fortemente associado ao espaço doméstico.

 


Palavras-chave


Assistência Social. Programa Bolsa Família. Gênero. Mulheres.

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ISSN: 2447-2654 (Online)

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