Hipácia: A filósofa negra de Alexandria

Marga Janéte Ströher

Resumo


O ano de 2015 marca os 1600 anos da morte da cientista e filósofa negra, Hipácia de Alexandria. Hipácia cometeu um suposto erro no mundo patriarcal de seu contexto, tanto em nível político como religioso: pensar por conta própria e ser formadora de pensamento. Ela tornou-se alvo de cristãos fundamentalistas pelo fato de não aceitar converter-se ao cristianismo, sendo morta sob a acusação de ser herege, de ir contra os costumes morais e desviar-se daquilo que cabia a uma boa mulher temente a Deus. O texto busca, por um lado, denunciar o patriarcalismo histórico-cultural e religioso que confisca os corpos e o conhecimento das mulheres com violência, santificando os pais da igreja, como Cirilo de Alexandria, e por outro, apresenta Hipácia como símbolo de liberdade de pensamento e de escolha, de resistência e luta pela superação da violência contra as mulheres.

Palavras-chave


Hipácia; Mulheres e Filosofia; Liberdade Religiosa; História Antiga. Laicidade do Estado



ISSN: 2447-2654 (Online)

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